Feira de calçados em Gramado é marcada por otimismo do setor e cores vibrantes

Zero Grau apresenta a coleção outono/inverno

Os calçados em cores clássicas para o inverno, como pretos e tons terrosos, deram espaço a uma cartela variada que vai do branco ao metalizado, passando por azul, laranja e rosa. A tendência de um outono/inverno vibrante para os pés em 2023 aparece na Zero Grau Feira de Calçados e Acessórios, que se iniciou na segunda-feira (21) e segue até a quarta (23), no Serra Park, em Gramado. O entusiasmo visto nas coleções também está na boca dos empresários, que apostam em um 2023 de boas vendas.

O evento, que reúne 300 expositores com 1,2 mil marcas, tem entre as marcas âncoras a Grendene, de Farroupilha. A empresa levou à feira uma gama de produtos que inclui de chinelos a botas, como coturnos e galochas. O gerente de Vendas da Grendene, Fred Benevides, que atua com as linhas femininas, diz que o que tem se percebido, após o período mais grave da pandemia, é um cliente mais criterioso e que procura produtos de maior valor agregado, por causa da retomada da rotina fora de casa:

— O mercado está muito bom. Tivemos um crescimento muito grande este ano, praticamente estamos superando 2019, que foi um marco. Pelo que está se apresentando aqui mais o feedback dos clientes, acreditamos que também vai ser um bom primeiro semestre de 2023 — projeta.

Na Zero Grau, é possível encontrar desde empresas tradicionais no evento voltado a lojistas até outros estreantes. O segundo é caso da One Flip, que fabrica principalmente tênis casual feminino. A gerente comercial da empresa, Larissa Tavares, diz que as apostas para o inverno envolvem a sola bicolor, as cores mostarda e bordô, além do animal print.

— Na nossa fábrica, a expectativa é alta. Já viemos com pedidos fechados até março. Os tênis estão em alta. As mulheres têm aderido para o dia a dia, para esportes e até para situações mais elaboradas — salienta Larissa.

Tradicional marca no mercado da moda, a Colcci participa pela primeira vez da feira de calçados e acessórios. A intenção é abrir novos mercados nesse contato direto com o varejista. O diretor da Colcci, Kelson Saçaki, conta que a empresa conseguiu crescer mesmo na pandemia, porque ganhou visibilidade ao continuar a investir. Para se ter uma ideia, a Colcci saiu de quatro para oito coleções por ano.

— Estamos bem, crescendo de maneira forte. Mesmo durante a pandemia, tivemos um bom crescimento e esperamos continuar nesse ritmo — assinala Saçaki.

Mas o otimismo não é restrito a essas empresas. Mesmo quem teve de se reinventar por conta do avanço da covid-19, como a Kidy, fabricante de calçados infantis que passou a produzir máscaras em um período da pandemia, agora vive um momento excelente. A empresa, que produz coleções para meninos e meninas de zero a 12 anos, aposta em clássicos. Entre eles, a venda de tênis com carrinhos e calçados com luzinhas ao pisar. Além disso, tem uma linha do jogo Minecraft e outra do Corinthians. Com isso, o faturamento da empresa ultrapassa os R$ 200 milhões.

— Este ano de 2022 é o de maior faturamento de toda a nossa história — comemora Adriano Pires, diretor comercial, industrial e técnico da empresa.

De olho no público da internet

A empresa Foz Star Calçados, de Foz do Iguaçu, é uma costumaz presença na Zero Grau. Na feira, os proprietários procuram antecipar negociações para ter acesso às coleções antes que a parcela da concorrência que deixa de ir ao evento.

— Costumamos fechar negócios aqui para receber também antes da concorrência — aponta sócio proprietário, Fawzi Abdallah.

Via: Pioneiro